O funcionário que denunciou o Goldman Sachs

Tempo de leitura: 5 min

Publicado no New York Times, o texto abaixo causou furor em Wall Street:

Porque estou deixando o Goldman Sachs

Por Greg Smith, no New York Times

Hoje é meu último dia no Goldman Sachs. Depois de quase 12 anos na empresa – primeiro como estagiário de verão, ainda em Stanford; depois em Nova York, por 10 anos; e agora em Londres — acredito que trabalhei aqui tempo suficiente para entender a trajetória de sua cultura, sua gente e sua identidade. E posso dizer, honestamente, que o ambiente agora é tóxico e destrutivo como nunca vi antes.

Para descrever o problema em termos simples, o interesse do cliente continua sendo colocado em segundo plano na maneira com que a empresa opera e pensa a respeito de como ganhar dinheiro. O Goldman Sachs é um dos maiores e mais importantes bancos de investimento do mundo e parte integral das finanças globais para continuar agindo dessa maneira. A empresa se distanciou tanto do lugar onde eu entrei quando saí da universidade que não posso mais, conscientemente, dizer que me identifico com o que ela representa.

Pode soar como uma surpresa para o público cético, mas a cultura (Nota do Viomundo: cultura entendida aqui como determinada ética de comportamento) sempre foi parte vital do sucesso do Goldman Sachs. Ela girava em torno de trabalho coletivo, integridade, espírito de humildade e em sempre fazer o que fosse correto para os clientes. A cultura era o molho secreto que tornou este lugar maravilhoso e que nos permitiu conquistar a confiança dos clientes durante 143 anos. Não se tratava apenas de ganhar dinheiro; apenas isso não sustentaria uma empresa por muito tempo. Tinha algo a ver com se orgulhar e acreditar na organização. Fico triste de dizer que olho ao meu redor hoje e não vejo quase traço nenhum da cultura que me fez adorar trabalhar para essa empresa por tantos anos. Não me orgulho mais e nem acredito.

Mas não foi sempre assim. Por mais de uma década eu recrutei e orientei candidatos através do difícil processo de entrevistas. Fui selecionado como uma das dez pessoas (entre mais de 30.000 da empresa) para aparecer no vídeo de recrutamento, que é apresentado em todas as universidades que visitamos pelo mundo. Em 2006, eu administrei o programa de estágios de verão em vendas e transações, em Nova York, para 80 alunos universitários que foram aceitos, entre os milhares que se inscreveram.

Eu percebi que era hora de ir embora quando me dei conta de que não podia mais olhar nos olhos dos estudantes e dizer a eles que este é um lugar excelente para se trabalhar.

Quando forem escritos os livros da história do Goldman Sachs, eles talvez mostrem que o atual diretor executivo, Lloyd C. Blankfein, e o presidente, Gary D. Cohn, perderam as rédeas da cultura da empresa. Eu realmente acredito que o declínio da fibra moral da empresa representa a maior ameaça à sua sobrevivência no longo prazo.

Ao longo da minha carreira eu tive o privilégio de assessorar dois dos maiores fundos hedge do planeta, cinco dos maiores administradores de bens dos Estados Unidos e três dos mais proeminentes fundos soberanos do Oriente Médio e da Ásia. Meus clientes têm uma base total de bens de mais de um trilhão de dólares. Eu sempre me orgulhei muito de dar a eles o conselho que achava ser o mais correto para eles, mesmo que isso significasse menos dinheiro para a empresa. Esta visão está se tornando cada vez menos popular no Goldman Sachs. Outro sinal de que é hora de ir embora.

Como chegamos aqui? A empresa mudou a maneira como pensa a respeito da liderança. Liderança costumava ter relação com ideias, dar exemplo e fazer a coisa certa. Hoje, se você ganha dinheiro suficiente para a empresa (e não é um assassino com machado em punho) será promovido a uma posição influente.

Qual são as três maneiras mais rápidas de se tornar um líder?

a) Executar as metas da empresa, o que na linguagem do Goldman significa persuadir os clientes a investir nas ações ou nos produtos que estamos tentando desovar porque são vistos como sem potencial de lucro.

b) “Caçar Elefantes.” Em inglês: fazer com que seus clientes – alguns deles sofisticados, alguns não – comprem e vendam qualquer coisa que traga grandes lucros para o Goldman. Chamem-me de ultrapassado, mas não gosto de vender para o cliente um produto ruim para ele.

c) Ocupe um lugar onde seu trabalho seja trocar um produto sem liquidez, opaco, por uma abreviatura de três letras.

Hoje, muitos destes líderes apresentam um quociente de cultura do Goldman Sachs exatamente de 0%. Eu participei de encontros de vendas de derivativos nos quais nem um único minuto foi gasto perguntando o que poderíamos fazer para ajudar os clientes. É puramente como podemos arrancar mais dinheiro deles. Se você fosse um alienígena de Marte e sentasse em um destes encontros, acreditaria que o sucesso ou progresso de um cliente não é parte do processo de pensamento de ninguém.

Eu fico doente de ver como as pessoas falam sem a menor cerimônia a respeito de arrancar dinheiro dos clientes. Nos últimos 12 meses eu vi cinco diretores diferentes se referirem a seus próprios clientes como “muppets” (marionetes), muitas vezes em correio eletrônico interno. Até mesmo depois da S.E.C., Fabulous Fab., Ábacos, God’s work, Carl Levin, Vampire Squids? Nenhuma humildade? Por favor… Integridade? Está ruindo. Não sei de comportamento ilegal, mas as pessoas vão ao limite e oferecem produtos lucrativos e complicados aos clientes mesmo que não sejam investimentos simples ou os mais alinhados com os objetivos do cliente? Com certeza. Na verdade, todos os dias.

Fico pasmo como os grandes administradores não entendem uma verdade básica: se os clientes não confiam em você, eles eventualmente vão parar de fazer negócios com você. Não importa quão inteligente você seja.

Ultimamente, a pergunta mais comum que eu ouço dos analistas mais jovens a respeito dos derivativos é: “Quanto dinheiro do cliente nos rendeu?” Me incomoda toda vez que ouço isso, porque é um reflexo claro do que eles estão observando do comportamento de seus líderes a respeito da maneira que devem agir. Agora, projete dez anos no futuro: você não precisa ser um cientista genial para perceber que o analista iniciante, sentado quieto no canto dele, que fica ouvindo sobre os “muppets”, “arrancar até os olhos”, e “ganhar dinheiro” não vai se tornar um modelo de cidadão.

Quando eu era um analista no meu primeiro ano, eu não sabia onde era o banheiro ou como amarrar meus sapatos. Ensinaram-me a me preocupar em aprender tudo, descobrir o que era um derivativo, entender finanças, conhecer nossos clientes e o que os motivava, como definiam sucesso e o que podíamos fazer para ajudá-los a chegar lá.

Os momentos de maior orgulho da minha vida –  quando ganhei uma bolsa de estudos para sair da África do Sul para a Universidade Stanford, ser selecionado como finalista do programa Rhodes Scholar, ganhar uma medalha de bronze no campeonato de tênis de mesa nos jogos conhecidos como Olímpiadas Judaicas – foram conquistados com trabalho duro, sem atalhos. Hoje, o Goldman Sachs se transformou no lugar dos atalhos muito mais do que das realizações. Simplesmente, não me sinto bem.

Espero que isto seja um alerta aos diretores do conselho. Tornar o cliente o ponto central dos negócios novamente. Sem clientes, vocês não ganharão dinheiro. Na verdade, vocês não existirão. Eliminem as pessoas falidas moralmente, não importa quanto dinheiro elas faturem para a empresa. E recuperem a cultura correta novamente, assim as pessoas terão vontade de trabalhar aqui pelos motivos corretos. As pessoas que somente se importam em ganhar dinheiro não sustentarão a empresa – ou ganharão a confiança dos clientes – por muito tempo mais.

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Comentários

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Rafael

Das duas uma: ou ele é ingênuo ou pensa que nós somos ingênuos.

Caracol

Have you seen the little piggies
Crawling in the dirt?
And for all the little piggies
Life is getting worse
Always having dirt to play around in

Have you seen the bigger piggies
In their starched white shirts?
You will find the bigger piggies
Stirring up the dirt
Always have clean shirts to play around in

In their styes with all their backing
They don't care what goes on around
In their eyes there's something lacking
What they need's a damn good whacking

Everywhere there's lots of piggies
Living piggy lives
You can see them out for dinner
With their piggy wives
Clutching forks and knives to eat their bacon

(The Beatles)

Mário SF Alves

Dúvida: e seria elogiosa a conduta do "ex" funcionário? Não admitiu ilegalidades, por quê? Com a palavra Sua Santidade, o Banco.

Jorge Moraes

A dinâmica daquilo que cada vez mais e mais pessoas denominam com naturalidade preocupante de "cultura" é a descrita pelo "trabalhador" "desligado" não tem nada de surpreendente.
Tanto a ética com que o autor julgava existir no passado quanto o comportamento atual denunciado compõem o quadro do capital, voraz e tendente à autofagia, por natureza.
Digna de nota a naturalidade com que o autor desfila adjetivos e valores totalmente alheios ao mundo do capital, como se de fato existissem, ou por outra, como se pudessem ter existido em algum dia.
Falou (escreveu) de "preocupação com clientes", "fibra moral" e "integridade" sem "enrubescer".
Isso, e principalmente o provável fato da imensa maioria das pessoas acreditarem neste mundo de faz-de-conta de honestidade empresarial, é que representa o grande sucesso do sistema. Bons sonhos!

Julio Silveira

Quantos hipocritas oportunistas como esse existem no Brasil? Na eleição passada contabilezei um bom numero, outrora ardorosos fãs do bater de martelos nos convescotes privatistas. Que hoje se tornaram fiéis admiradores da politica do Lula, sendo que alguns até brigam para convencer de serem seu mentor.

CLP

Nossa, que piada, numa matéria sobre o Goldman Sachs a "patrulhinha" vem falar de PR!!!No blog do "desafinado" o negocio e falar mal do PMDB, ué não fizeram acordo com a direita, não disseram que "estar o poder não e ter o poder", por isso precisavam de "um pacto de governabilidade"?Nao ficaram desancando a "extrema esquerda" que lembrava ao PT dos princípios que ele esqueceu pelo caminho?Nao distribuem cargos e verbas para aprovar Funpresp, arrocho salarial de funcionário publico, DRU e outras iniquidades?Agora querem o que "que pensem no bem do Brasil"?Como diria o ditado, andou com cachorro com pulga levanta.E , vejam bem, no PT ja ta cheiio de vira lata…

francisco.latorre

poder absoluto. faz outra vítima.

essa goldmann.. foi demais. longe demais.

abraçou o mundo.

e quer saber?.. não segura. nem.

..

hora de precificar. o tal goldmann. sachs. os tais.

atenção. abriu a casa da aposta.

quem acerta o tamanho do tombo?..

quando?.. e quanto?..

de urubu a carniça. rapidão.

cruel mundo. dos negócios.

..

tempo.

comanda manda.

se diverte.

..

Sr.Indignado

Nossa! Por um momento imaginei que ele falava do Banco do Brasil.

Na verdade, TODOS, os bancos do Brasil funcionam assim. A Caixa, por exemplo… a Caixa! acabou de re-inventar a hipoteca.

Nelson Quintanilha

Pelo jeito o povo não entendeu o que é cultura empresarial.
Em poucas palavras, antes os meios justificavam o fim, o banco ganhava dinheiro com Ética e hoje não mais.

Eunice

É. Eu não acredito nesse executivo, ao menos por enquanto. Eu tinha 24 anos quando comecei a trabalhar para um banco. E tinha ensino médio. E sabia bem que eram ferramentas para roubar o estado e fornecer o produto aos poderosos e políticos.

FrancoAtirador

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Como o Goldman Sachs ajudou a quebrar a Grécia

Por Eduardo Febbro, na Carta Maior (Tradução: Katarina Peixoto)

Paris – Há empresas que roubam para o império para o qual trabalham. A Goldman Sachs é uma delas.
O banco de negócios norteamericano encheu seus cofres com um botim de 600 milhões de euros (800 milhões de dólares) quando ajudou a Grécia a maquiar suas contas a fim de que este país preenchesse os requisitos para ingressar na zona do euro, a moeda única europeia.
A informação não é nova mas até agora se desconheciam os detalhes mais profundos do mecanismo pelo qual o Goldman Sachs enganou todos os governos europeus que participavam da criação da moeda única.
Dois dos protagonistas desta mega fraude falaram pela primeira vez sobre as transações encobertas mediante as quais Atenas escondeu o tamanho de sua dívida.
Trata-se de Christoforos Sardelis, chefe do escritório de gestão da dívida grega entre 1999 e 2004,
e de Spyros Papanicolaou, o homem que o substituiu até 2012.
O resultado da operação foi uma gigantesca fraude que fez do suposto salvador, no caso o Goldman Sachs, o operador da derrocada da Grécia e de boa parte da Europa.
A operação financeira foi astuta.
O Tratado de Maastricht, da União Europeia, fixava requisitos rígidos para integrar o euro: nenhum membro da zona euro podia ter uma dívida superior a 60% do PIB e os déficitis públicos não podiam superar os 3%.
Em junho de 2000, para ocultar o peso gigantesco da dívida grega, que era de 103% de seu PIB e obter assim a qualificação da Grécia para entrar no euro, Goldman Sachs bolou um plano:
transportou a dívida grega de uma moeda a outra.
A transação consistiu em mudar a dívida que estava cotizada em dólares e em yens para euros, mas com base em uma taxa de câmbio fictícia.
Assim se reduziu o endividamento grego e, com isso, a Grécia respeitou os critérios fixados pelo Tratado de Maastricht para ingressar no euro.
Um detalhe complicou a maquiagem: o Goldman Sachs estabeleceu um contrato com a Grécia mediante o qual dissimulou o acerto sob a forma do que se conhece como um SWAP, um contrato de câmbio para os fluxos financeiros que equivale a uma espécie de crédito.
Esse esquema fraudulento fez com que, na base dos chamados « produtos derivativos » implicados na operação, em apenas quatro anos a dívida que a Grécia contraiu com o Goldman Sachs passasse de 2,8 bilhões de euros para 5,1 bilhões.
Dois jornalistas da agência Bloomberg, Nick Dunbar e Elisa Martinuzii, realizaram uma paciente investigação ao término da qual desnudaram este obscuro mecanismo.
Segundo explicou aos jornalistras o chefe do escritório de gestão da dívida grega entre 1999 e 2004, Christoforos Sardelis, neste momento a arquitetura da proposta do Goldman Sachs escapou de suas mãos.
Logo em seguida, disse Sardelis, os atentados de 11 de setembro e uma má decisão dos bancos plantaram a semente do desastre atual.
A conclusão da investigação é contundente:
Grécia e Goldman Sachs hipotecaram o futuro do povo grego e acionaram uma bomba relógio que, 10 anos mais tarde, explodiria nas mãos da sociedade.
Em matéria de grandes fraudes organizados por bancos de investimento a impunidade é a regra.
Ninguém foi nem será condenado.
Christoforos Sardelis afirmou que "o acordo com o Goldman Sachs é uma história muito sexy dentre dois pecadores".
O Goldman Sachs obteve apetitosos lucros nesta operação truculenta.
Em 2010, Jean Claude Trichet, então presidente do Banco Central Europeu (BCE), se negou a entregar os documentos requeridos para dar a conhecer a amplitude da verdade.
No meio a esta grande mentira, há um personagem que hoje é central:
trata-se de Mario Draghi, o atual presidente do Banco Central Europeu e grande partidário de terminar de uma vez por todas com o modelo social europeu.
Draghi é um homem do Goldman Sachs.
Entre 2002 e 2005 foi vice-presidente do Goldman Sachs para a Europa e, por conseguinte, estava a par da falsificação de dados sobre as finanças públicas da Grécia.
Foi o seu próprio banco que estruturou a falsificação.
O liberalismo premia muito bem seus soldados.
Durante dois anos, o Banco Central Europeu e os lobbys políticos usaram todos os truques possíveis para proteger Draghi e não permitir que fossem realizadas auditorias em torno das irregularidades cometidas na Grécia.
O desenlace final desta cumplicidade entre as oligarquias financeiras é conhecido por todos: quase um continente submerso na crise da dívida, a Grécia estropiada e de joelhos, recessão, demissões massivas, perda de poder aquisitivo para os trabalhadores, reestruturações, sacrifícios dos benefícios sociais, planos de ajuste e miséria.
Enquanto isso, os 600 milhões que o Goldman Sachs ganhou com esta fraude seguiram dando frutos na aposta suicida que o capital faz em benefício próprio contra a humanidade.

íntegra em:

http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMos

José Ruiz

Devemos também considerar a possibilidade do autor estar montando a sua própria consultoria e usar esse discurso para atrair clientes… até porque a postura predatória dos bancos não se fez nos últimos 10 anos… seja como for, vale lembrar que só existe esperto porque existe otário. Banco se dá muito bem, especialmente no Brasil, porque o cliente se comporta como criancinha no parquinho de diversões… o remédio é um só: viva somente com aquilo que você realmente tem, não use empréstimos, não compre a prestações e se for investir, coloque seu dinheiro na produção.

Elton

Essa é a lógica com a qual todos os bancos e instituições financeiras trabalham mundo afora. Talvez os menores tenham justamente feito seus "cursos de atualização ou reciclagem" com executivos de empresas como o Goldman Sachs. É aliás a lógica da esmagadora maioria das empresas privadas. Somos todos vistos como "muppets" até ao comprar algo (carro, geladeira par de sapatos, etc).
Vejo esse método prepotente de ação também na política internacional. Por parte dos EUA, por parte de Israel. Não interessam os que estão "do lado de lá"……..

Goldman Sachs: os vampiros falam « Ficha Corrida

[…] O funcionário que denunciou o Goldman Sachs | Viomundo – O que você não vê na mídia […]

Lu_Witovisk

É a valorização dos valores psicopáticos, como diz a Dra Ana Beatriz Barbosa Silva. Estamos numa sociedade de gente sem noção de nada, comprando o mode de vida deles e nos ferrando. Até qdo os 4% sujeitarão os 96%, em nome de uma falsa competencia??

    Mário SF Alves

    E o *The Corporation que o diga, Lu.
    * Documentário baseado no livro "The Corporation – the Pathological Pursuit of Profit and Power” http://www.youtube.com/watch?v=xa3wyaEe9vE
    Abraços,
    Mário.

Gerson Carneiro

Isso me faz pensar na USP, na TV Cultura… no Congresso Nacional.

Durante essa semana que se encerra hoje, 17/03/2012, vi na TV vários deputados, dessa vez do partido PR, descaradamente afirmando que mobilizariam uma paralisação na pauta de votação caso o Governo Federal não distribuísse cargos ao partido deles.

Sabe o que é um deputado, cargo eletivo, eleito pelo povo para trabalhar pelo povo, declarar, sem a menor pudor, que não vai trabalhar se ao partido dele não for distribuídos cargos!

Pois sim. É a ferocidade da mesma cultura que assola o Goldman Sachs.
Isso porque nos consideramos seres civilizados.

O que Deus anda fazendo que não percebe que passou da hora de um novo dilúvio?
Ou será que Deus abandonou de vez sua criação? Fosse eu Deus, já teria abandonado.

    Betinho

    Gerson
    Tua vontade será satisfeita, 2012/2013 vem ai.
    Não duvidem.

    Mário SF Alves

    Traduzindo: 2012/2013 não tem nada a ver com profecia maia, ou seja, 2012/2013 = multimilionário (Se)erra. Né não, Betinho?

internauta

http://www.huffingtonpost.com/2012/03/16/henry-go… diz esse artigo que a cultura desse banco tem mudado desde a abertura de seu capital (IPO) em 1999.

internauta

Quer dizer que há 12 anos atrás (auge do neoliberalismo e das bolhas capitalistas) esse cara achava o Goldman Sachs um paraíso ético ?? Como se esse banco não fizesse parte do sistema FED que controla emissão de dólares em favor de bancos e desfavor de cidadãos…. esse digníssimo indignado nunca soube disso ?

    Luca K

    Pois é cara, eu estava me perguntando a mesma coisa!

    pperez

    Pois é a ética para ele acabou quando seus parceiros lhe deram uma "calça arriada" como se diz em quadrilhas de fino trato!

João-PR

O ex-funcionário só colocou a público aquilo que sabemos: somos um número para os bancos, e enquanto somos rentáveis nos tratam à pão-de-ló. Experimentem passar por necessidades financeiras, e verão o que o banco pode fazer por você.

Vinícius Camargo

Como os "negócios" foram e têm sido feitos: Inside Job – http://www.youtube.com/watch?v=tytH0CQSsXo

Juvandia Moreira: Cuidado com aquela cesta de tarifas do gerente amigo | Viomundo – O que você não vê na mídia

[…] Funcionário do Goldman Sachs se demite em artigo-denúncia de jornal […]

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