Marcelo Zelic: Ministra, chega de omissão!

Tempo de leitura: < 1 min

de Marcelo Zelic, via e-mail 

Caros Conceição Lemes e Luis Carlos Azenha:

Ou o país regulamenta o emprego das armas não letais ou seremos todos vítimas de um estado AUTORITÁRIO.

Em outubro de 2012, a ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, se comprometeu a criar um grupo de trabalho para em três meses apresentar uma proposta de regulamentação. Seria através do  Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana.

Só que até hoje nada.  Enquanto a ministra se omite, a barbárie corre solta.  Cada vez mais aparecem no noticiário casos de vítimas dessas armas.

No Rio de Janeiro, um jovem morreu devido ao uso de pistola taser  por policiais. Um bebê  correu risco de vida por causa de gás pimenta.

Vejam o vídeo que, via  e-mail, chegou ao Grupo Tortura Nunca Mais-SP, ele fala por si.

É preciso não ter medo. Direitos humanos em retrocesso. Chega de omissão!

Atenciosamente,

Marcelo Zelic
Vice-presidente do Grupo Tortura Nunca Mais-SP e membro da Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo
Coordenador do Projeto Armazém Memória

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Comentários

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Urbano

O corpo ministerial, afora o Mantega, o Celso Amorim e dois ou três outros, podendo haver até um pouco mais, é triste dizer, mas está uma gracinha…

Lucas Gomes

Azenha, tentei fazer este comentário ontem, mas parece que não entrou. Há problemas com os comentarios?

Vejam este outro vídeo da mesma produtora, desta vez no Jacarezinho (atenção, tem imagens mais fortes que o primeiro)
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=PAAvYFG7Hjc

jaime

Posso estar enganado, mas o que me parece é que com 40 ministérios, só alguns são “de verdade”, a maioria deles voltados para a área econômica. Os demais, como este que abrange os direitos humanos, estão aí para garantir apoio político e não têm autonomia. Só quando dá tempo (ou quando há uma crise que se considere muito importante) é que recebem alguma atenção.

Gerson Carneiro

Falar nisso, ela já tomou alguma providência para combater o horror mostrado na série “Infância Perdida” do Luiz Carlos Azenha no Jornal da Record?

Ted Tarantula

Também acho um absurdo o uso de armas não letais; vai que o desgraçado ainda ache ânimo de se levantar e atacar o policial???
O mal deve ser cortado pela raiz sempre.

    Francisco

    É difícil acreditar e entender que existam humanos que digam o que você escreveu e, certamente o diz, a não ser que seja uma “ironia crítica” ao modo como se dão as coisas.

Malvina Cruela

O Estado das Coisas

Relato de fato noticiado (março/2013) nos jornais da região, corroborado por testemunha ocular:
Bar da periferia de Itabuna/BA, começo da noite; mesas ocupadas por pessoas curtindo a happy hour, fazendo o que sempre fazem nessa hora: tomando cerveja e papeando.
Uma das mesas é ocupada por um cara sozinho que também aprecia sua breja, como se diz atualmente; de repente entram dois motoqueiros de capacete na cabeça, que desferem 3 tiros certeiros no infeliz solitário que imediatamente deixa esse vale de lágrimas.
Ato contínuo os assassinos deixam o local, rapidamente, mas sem correr. Os circunstantes não se abalam nem se assustam, ao contrario. Após breve momento de estupefação voltam ao que estavam fazendo antes: bebendo, rindo e conversando normalmente. Ninguém se apressa muito em chamar a policia, ou o quem quer que se costume chamar nessas horas… Todos podiam ver que nada mais havia a ser feito pelo de cujus. O falecido nem chega a cair da cadeira, apenas adota um posição mais condizente com seu atual estado de presunto. Na sequencia um ocupante das mesas próximas percebe que a garrafa de cerveja do morto ainda guarda boa parte de seu conteúdo, e faz o que lhe pareceu o mais lógico nas circunstancias: considerando que o dono não ia mais tomar aquela – nem qualquer outra cerveja – pega a garrafa do falecido e serve os copos dos amigos de mesa, que por sua vez acham o gesto plenamente natural.

Fabio Passos

Esta e uma excelente reportagem de A Nova Democracia.
Por que nao vemos esta realidade incomoda no PiG?

Porque o PiG apoia a repressao e a violencia policial contra as populacoes pobres e oprimidas.

Racismo, violencia e desprezo.
E so isso o que a populacao pode esperar da pior “elite” do mundo.

Ronaldo Silva

Duvido que estejam agindo por conta própria. Alguém de cima está permitindo.

Julio Silveira

Se tem uma coisa que me perturba, tanto quanto os erros e as omissões, é essa continua saida dos covardes de não assumirem de imediato seus erros. E ainda contarem com a cobertura de seus covardes superiores.
Respeito muito o policial honrado, aquele que enfrenta com destemor as feras, essas que se aproveitam das dificuldades existentes na vida para justificar seus maus feitos, via de regra contra os resistentes cidadãos que lutam pela sobrevivência, muita vezes submetidas a humalhações até maiores, diariamente que seus sicários e algozes, mas lutam na busca pela sobrevivencia de forma correta. A policia deve estar incluida neste contexto. Portanto deve ser repudiado o mau policial, esse que se nivela ao meliante que diz combater, mas que se associa em atos de verosimilhança na covardia e na desumanidade.

    rodrigo

    Oi Júlio, o problema não é o mau policial (né não Xacal?), o problema é toda a cadeia de mando desse subterfúgio repressor oficialesco transformado em instituição pela ditadura. Vulgo polícia militar. O problema é a formação desumanizante e desumana do oficialato dessa intituição. O problema é o modelo socio-político neoliberal que NECESSITA desse tipo de hominídeo para reprimir e garantir a docilidade do povo…

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