Lucas Ragazzi: Tesoureiro informal de Aécio, Oswaldinho cogita entregar o esquema

Tempo de leitura: 2 min

Oswaldinho disposto a delatar

Com dois inquéritos no STF, apontado como tesoureiro informal de Aécio já cogita revelar o que sabe

por Lucas Ragazzi, em O TEMPO

Investigado por supostamente ter recebido propina em nome do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) e suspeito de participar de um esquema de superfaturamento na obra de construção da Cidade Administrativa do governo mineiro, o ex-presidente da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig) Oswaldo Borges da Costa tem feito movimentações junto a sua defesa para colaborar, de forma oficial, com as investigações do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal (PF).

A informação foi repassada à reportagem, nessa quinta-feira (1°), por interlocutores próximos ao ex-dirigente da Codemig.

Afastado da vida pública desde que se tornou investigado no âmbito da operação Lava Jato, o ex-dirigente da Codemig tomou a iniciativa de buscar informações para o acordo de delação depois da deflagração da operação Patmos, da Polícia Federal (PF).

A defesa, inicialmente, nega a informação.

Deflagrada em 18 de maio, a Patmos afastou Aécio de seu mandato no Senado e prendeu a irmã do parlamentar, Andrea Neves, além de Frederico Pacheco, primo do senador, e Mendherson Souza, assessor do senador Zeze Perrella.

Antes da ação da PF, Oswaldinho, como é conhecido, chegou a se encontrar com os irmãos Neves em Brasília.

Na ocasião, foi discutida a possibilidade de uma candidatura à Câmara Federal para Andrea em 2018.

Atualmente, Oswaldinho responde a dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF).

O primeiro diz respeito à construção da Cidade Administrativa durante o governo Aécio.

Quem é Oswaldo Borges da Costa

De acordo com delação de executivos da Odebrecht, o senador tucano teria organizado, em 2007, um esquema para fraudar licitações por meio de um cartel de empreiteiras.

As obras de construção do espaço onde hoje funciona a sede do governo mineiro foram realizadas pela Codemig.

No segundo inquérito, Oswaldinho é investigado por supostamente ter recebido propinas como se fossem financiamentos de campanhas tucanas no Estado.

Segundo o ex-presidente da Odebrecht Marcelo Odebrecht, Oswaldinho teria atuado como tesoureiro informal de Aécio, como também seria conhecido no meio político

Viajante

Desde a chegada da Lava Jato em Minas, Oswaldinho tem saído com frequência de Belo Horizonte. O empresário por diversas vezes passava longos períodos nos Estados Unidos, onde tem apartamento em Miami, na Flórida.

Sem visitas

O deputado estadual João Leite (PSDB) tentou visitar Andrea Neves na prisão. O tucano, que é evangélico, foi ao presídio com um pastor, mas Andrea se recusou a recebê-los.

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Comentários

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rita cruz

Cuidado para não ser “suicidado”” Oswaldinho!

Luiz Carlos P. Oliveira

Esse Oswaldinho é do tipo “que se pode matar, antes que delate”? Se for, todo cuidado é pouco. Tem morrido gente em circunstâncias estranhas ultimamente. Se eu fosse ele pedia proteção especial.

carlos

O mesmo que aconteceu na cidade administrativa na grande BH,o super roubo do Aécio, aconteceu em São Paulo no caso do roubo anel em proporções maiores, em que o Alckmin e José Serra, Goldman fizeram o super roubo, e aconteceu no Rio em salvador no caso do metrô de salvador o km quadrado mais caro do mundo. Aonde estavam os meganhas do MP de Curitiba?

    Luiz Carlos P. Oliveira

    PSDB e DEM. Tudo a ver. Sampa e Salvador, superfaturamento. Abram os olhos, coxinhas.

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