Katarina Peixoto: Fotografar e identificar os infiltrados é nossa tarefa

Tempo de leitura: 3 min

por Katarina Peixoto, no Facebook

Há uma gurizada (mal formada ou mal atendida psiquicamente, ou ambas as coisas) que quebra vidraças de bancos e equipamentos públicos, em manifestações de cunho político.

Essa idiotia política começou em junho de 2013 e há muitas dúvidas se não foi a PMSP que deu início a esse expediente, naquela noite dos Nadir Figueiredo, na segunda semana de junho, em São Paulo.

Embora o ódio político tenha sido desencilhado naquela divisão jamais remendada, desde então, e por isso mesmo, a presença de infiltrados nas marchas moralistas ou em defesa da democracia e contra o golpe é uma constante.

Quando começaram as marchas contra o golpe, há um ano, esses policiais começaram a ir a assembleias e a nos acompanhar nas marchas.

Tem o caso célebre do elemento que foi promovido, pelo exército brasileiro, depois de ter se infiltrado para enviar estudantes para a prisão, antes de irem a uma marcha, em São Paulo.

A polícia brasileira e as forças armadas não são instituições estruturadas e cultivadas nos limites legais. O mesmo se diz do judiciário.

Os limites dessas instituições são de outra ordem: estamentais, portanto, pré-modernos. Se você não entendeu, pergunte aquele weberiano amigo seu, que disse que desse jeito não dá para ser feliz direito.

Esses delinquentes, que já fotografamos e identificamos, os mais experimentados, há anos, agem como os moleques safados da região agrícola. Eles sabem que não respondem a ninguém, senão ao comandante imediato de seus despachos arbitrários: podem ser decisões pilantras, documentadas, e podem ser vidraças, ministérios, equipamentos públicos.

É uma tática de sabotagem da vida legal, levada a cabo pelo atavismo estamental, cujas focinheiras foram inutilizadas, no processo de desestabilização dos governos democraticamente eleitos.

O que podemos fazer é fotografá-los e denunciá-los. E denunciar a mão de ferro midiático-familiar que depende deles, comanda e os protege, para seguir a agenda do golpe.

Por isso é absolutamente fundamental não levar a sério o que dizem, a respeito de quem é arbitrário e age contra a legalidade, quando o dizem nas televisões e jornais brasileiros.

O Brasil nunca puniu a tortura, não tem por que punir juiz vagabundo nem infiltrado em passeata e marcha, para colar na esquerda a projeção da própria delinquência constitutiva.

Nas passeatas, assembleias e atos, é divertido ver os infiltrados. Fotografá-los é um bom critério para identificá-los.

Eles correm das fotos como o Temer corre da democracia. Ah, e a propósito, #DiretasJá.

PS do Viomundo: O problema é que tem muita gente ingênua na esquerda — ou mal intencionada. É um dos artifícios da contra-propaganda (está em qualquer livrinho sobre a CIA, por exemplo) divulgar provas falsas para desqualificar o adversário.

Por exemplo, vídeos da polícia da Venezuela como se fosse a PM de Brasília. Ou fotos fake de brutamontes como se fossem black blocks em Brasília.

Os bobocas de esquerda divulgam estes vídeos e fotos falsas, que em seguida são desmentidos, provocando o efeito desejado pela direita: “A esquerda falsifica informação”.

A situação se agrava pelo surgimento de blogs sem qualquer compromisso com a verdade, mas que buscam apenas explorar o filão dos leitores de esquerda e capturar um grande número de clicks pagos. Eles reproduzem informação falsa, descontextualizada ou fazem ilações sem pé nem cabeça, garantindo grande número de compartilhamentos.

Tornam-se, potencialmente, endereços destinados a receber e passar adiante as fake news, o que no longo prazo tem o efeito de desqualificar TODAS as fontes de informação da esquerda, por associação.

Quando, há alguns anos, este site advertiu que era provavelmente falsa a notícia de que uma indiazinha havia sido queimada viva por madeireiros do Maranhão, que era preciso aguardar as provas, houve um turbilhão de xingamentos no twitter contra nós: o esculacho digital juntou jornalistas realmente de esquerda a figuras deploráveis como Soninha Francine. A notícia, provou-se, era falsa. Ninguém pediu desculpas.

Se houver um denúncia igualzinha hoje, e o fato for real, a opinião pública vai ficar com um pé atrás sobre acreditar na notícia. Ponto para os latifundiários e madeireiros.

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Comentários

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Moyses

Acredito que as lideranças dos movimentos devam também montar grupos especialmente para monitorar/buscar estes infiltrados e a medida do possível “imobiliza-los” antes que eles atuem…

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