Ministro cobra identidade ideológica com Temer de funcionários públicos encarregados de vigiar governo Temer

Tempo de leitura: 2 min

Da Redação

Acima, Jorge Hage, que dirigiu a Controladoria Geral da União (CGU) durante os governos Lula e Dilma.

Abaixo, no pé do post, o novo ministro da Transparência, Torquato Jardim, que adotou o “ame-o ou deixe-o” durante seu encontro inicial com funcionários da extinta CGU.

Ele cobrou “identidade ideológica” dos funcionários públicos com o governo Temer.

Um funcionário identificado política, filosófica e ideologicamente com o governo Temer — são as palavras de Torquato — correria o risco de denunciar algum malfeito praticado pelo governo Temer?

A pergunta é pertinente, se você considerar as tarefas legais da extinta CGU:

A CGU está estruturada em quatro unidades finalísticas, que atuam de forma articulada, em ações organizadas entre si: Secretaria de Transparência e Prevenção da Corrupção (STPC), Secretaria Federal de Controle Interno (SFC), Corregedoria-Geral da União (CRG) e Ouvidoria-Geral da União (OGU).

A Secretaria de Transparência e Prevenção da Corrupção (STPC) atua na formulação, coordenação e fomento a programas, ações e normas voltados à prevenção da corrupção na administração pública e na sua relação com o setor privado.

Entre suas principais atribuições, destacam-se a promoção da transparência, do acesso à informação, do controle social, da conduta ética e da integridade nas instituições públicas e privadas.

Promove também a cooperação com órgãos, entidades e organismos nacionais e internacionais que atuam no campo da prevenção da corrupção, além de fomentar a realização de estudos e pesquisas visando à produção e à disseminação do conhecimento em suas áreas de atuação.

A Secretaria Federal de Controle Interno (SFC) exerce as atividades de órgão central do sistema de controle interno do Poder Executivo Federal.

Nesta condição, fiscaliza e avalia a execução de programas de governo, inclusive ações descentralizadas a entes públicos e privados realizadas com recursos oriundos dos orçamentos da União; realiza auditorias e avalia os resultados da gestão dos administradores públicos federais; apura denúncias e representações; exerce o controle das operações de crédito; e, também, executa atividades de apoio ao controle externo.

A Corregedoria-Geral da União (CRG) atua no combate à impunidade na Administração Pública Federal, promovendo, coordenando e acompanhando a execução de ações disciplinares que visem à apuração de responsabilidade administrativa de servidores públicos.

Atua também capacitando servidores para composição de comissões disciplinares; realizando seminários com o objetivo de discutir e disseminar as melhores práticas relativas do exercício do Direito Disciplinar; e fortalecendo as unidades componentes do Sistema de Correição do Poder Executivo Federal (SisCOR), exercendo as atividades de órgão central deste sistema.

A Ouvidoria-Geral da União (OGU) exerce a supervisão técnica das unidades de ouvidoria do Poder Executivo Federal.

Com esse propósito orienta a atuação das unidades de ouvidoria dos órgãos e entidades do Poder Executivo Federal; examina manifestações referentes à prestação de serviços públicos; propõe a adoção de medidas para a correção e a prevenção de falhas e omissões dos responsáveis pela inadequada prestação do serviço público; e contribui com a disseminação das formas de participação popular no acompanhamento e fiscalização da prestação dos serviços públicos.

As competências da CGU foram definidas pela Lei n° 10.683, de 28 de maio de 2003 e pelo Decreto nº 8.109, de 17 de setembro de 2013.


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Fora Hipócritas

Sejamos claros a respeito do que seja a atividade de controladoria, conforme é ensinado pela literatura técnica em todo o mundo.
Em qualquer organização empresarial moderna, o “Controller” assessora o Presidente e o Conselho de Administração, estando adequadamente localizado no topo do organograma da empresa e acima de suas diretorias de forma a poder recomendar aos diretores da mesma as necessárias correções.
Extinguir a CGU foi uma atitude prepotente e desprovida de qualquer justificativa razoável. Deixa a forte impressão de ser fruto de uma elite governamental que acha ter autoridade bastante para impor a uma nação complexa, como é o Brasil atual, os desmandos típicos do coronelismo arcaico.

FrancoAtirador

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Fundação Roberto Marinho e Itaú nos TTs da Lei Rouanet

https://pbs.twimg.com/media/CkH8SvgWgAAskLa.jpg

https://twitter.com/janbrasileiro_/status/739149218007355392
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FrancoAtirador

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Quer dizer que o Maior Captador da Lei Rouanet
é Amigo e Eleitor de Aécio Neves da Cunha (PSDB)?
Mas ele é Artista? Não?!?

https://twitter.com/zehdeabreu/status/738724452477853696
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Depois do Tiro no Pé da Polícia Federal do Paraná,
Juiz Sergio Moro resolveu Anular o Ofício Expedido
pelo Delegado Eduardo Mauat, da OLJ (OC-PPP),
encaminhado na segunda-feira (30) ao Ministério
de Transparência Fiscalização e Controle solicitando
um Levantamento dos 100 (Cem) Maiores Captadores
e Beneficiários de Recursos Financiados via Lei Rouanet,
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Jean M

Compreende-se o porquê de ele ter se apresentado aos funcionários somente em vídeo, e não em carne e osso. Ia tomar uma dupla vaia: por estar assumindo um cargo no governo golpista e por falar essa coisa vergonhosa contrária à própria natureza do ministério. Há quem já peça a sua demissão sumária, à qual vão aderir aqueles do centrão e partidos que ele chamou de corruptos na entrevista que vazou (nesse ponto o apóio e espero que não se desminta como fez no caso do Temer)

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