As pautas que tramitam no Congresso e põem em risco direitos humanos

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Pec 215

A PEC de demarcação das terras indígenas é retrocesso. Foto: Lula Marques/Agência PT, via Fotos Públicas 

De olho no avanço conservador em 2016: pautas que tramitam no Congresso põem direitos humanos em risco

do blog do CEE-Fiocruz

Na abertura dos trabalhos legislativos, neste mês de fevereiro, dispara o sinal de alerta para as pautas conservadoras que tramitaram na Câmara e no Senado em 2015 e que deverão ser retomadas em 2016.

A perspectiva é de muitos embates, em um Congresso que conta com 275 dos seus deputados integrando a Frente Parlamentar de Segurança Pública, conhecida como a bancada da bala; 198 na Frente Parlamentar Ruralista (bancada do Boi) e 74 na Frente Parlamentar Evangélica , bancada da Bíblia, sendo que 20 parlamentares atuam nas três frentes e 127 em pelo menos duas delas simultaneamente. Ao todo, 373 (73%) dos 513 deputados estão inscritos em pelo menos um dos três grupos.

As pautas em tramitação afetam não só a juventude negra e pobre, propondo redução da maioridade penal (PEC 33/2012); os movimentos sociais, com a lei Antiterrorismo (PL 2016/2015); a população LGBT, com o Estatuto da Família (PL 6583/13) e a criminalização da heterofobia (PL 7382/2010); as mulheres, com as restrição ao atendimento às vítimas de estupro (PL 5059): toda a sociedade sai violada em seus direitos.

Segue abaixo uma lista dessas pautas, com informações extraídas de levantamento realizado pelo Laboratório de Estudos de Mídia e Esfera Pública (Lemep/Iesp), da Uerj, e indicações de perspectivas do analista político do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) Antônio Augusto Queiroz, publicadas no site da Central Única dos Trabalhadores.

Estatuto do desarmamento (PL 3722/2012)

Autor: Deputado Rogério Peninha Mendonça (PMDB-SC)

Ementa: Disciplina as normas sobre aquisição, posse, porte e circulação de armas de fogo e munições, impondo penalidades e dando providências correlatas; facilitando a aquisição e o porte de armas de fogo; diminuindo os impostos e reduzindo de 25 para 21 anos a idade mínima para a compra de armas.

Resumo: Comissão especial aprovou o que significa, na prática, a revogação do Estatuto do Desarmamento. O porte de armas, hoje restrito a policiais e determinadas autoridades, como juízes, poderá ser conferido a qualquer pessoa, com requisitos mínimos. O projeto seguiu para apreciação pelo plenário da Câmara. Destaque para a atuação dos deputados Alessandro Molon (Rede – RJ) e Ivan Valente (PSOL – RJ) na oposição ao projeto. Situação: Aguarda inclusão na pauta da Câmara.

Perspectiva: Votação muito apertada na Câmara. Mas, no Senado, a tendência é que esse projeto mude radicalmente para que o desarmamento geral seja impedido. Dos 27 integrantes do colegiado, 16 são favoráveis às alterações e integram a Frente Parlamentar da Segurança Pública (bancada da bala).

Demarcação das terras indígenas (PEC 215/2000)

Autor: Ex-deputado Almir Sá (PL-RR) e outros

Ementa: Acrescenta o inciso XVIII ao art. 49; modifica o parágrafo 4º e acrescenta o parágrafo 8º, ambos no art. 231 da Constituição Federal.Transfere do Governo Federal e da Fundação Nacional do Índio (Funai) para o Congresso a responsabilidade por fazer a demarcação de terras indígenas, titulação das terras de quilombolas e criação de unidades de conservação, usurpando uma prerrogativa constitucional do Poder Executivo.

Resumo: Depois de 15 anos tramitando na Câmara, a bancada ruralista conseguiu aprovar, na comissão especial, a PEC 215. Inicialmente, a PEC previa simplesmente a competência do Legislativo para demarcar terras – o que já impossibilitaria, na prática, futuras demarcações. A versão aprovada é ainda pior. Transforma as terras tradicionais em equivalentes a outra propriedade rural: podem ser arrendadas, divididas e permutadas, e ainda receber empreendimentos econômicos. Isto permite a investida de empreendimentos econômicos sobre terras indígenas homologadas, acabando com a noção de tradicionalidade.

A PEC estende o “marco temporal” (necessidade dos indígenas estarem sobre a terra tradicional, em outubro de 1988) também às comunidades quilombolas. Ou seja, é danosa também para esses povos tradicionais. Seguiu para apreciação pelo plenário da Câmara. Como continuidade do esforço contra as demarcações, iniciou-se, em 2015, promovida pela bancada ruralista, a Comissão Parlamentar de Inquérito sobre a Funai e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Situação: Uma comissão especial de deputados aprovou e, 27/10 a proposta. E agora aguarda inclusão na pauta da Câmara.

Perspectiva: Para ser aprovada, a proposta precisa de três quintos de todos os parlamentares da Câmara e do Senado. Na mesma direção, a bancada ruralista propõe a PEC 038, que transfere para o Senado Federal a responsabilidade de demarcar as terras indígenas, a PEC 237/13, que visa legalizar o arrendamento das terras indígenas e o Projeto de Lei Complementar (PLP) 227/12, que converte interesses privados do agronegócio e de outros poderosos segmentos econômicos do país em relevante interesse público da União, pretendendo dessa forma legalizar a invasão e usurpação dos territórios dos povos originários.

Estatuto da Família (PL 6583/2013)

 Autor: Deputado Anderson Ferreira (PR-PE) Ementa: Dispõe sobre o Estatuto da Família e dá outras providências.Determina que a família é formada exclusivamente por homens e mulheres (ou seja, exclui homossexuais, pais e mães solteiros, crianças criadas por parentes).

Resumo: Foi aprovada por uma Comissão Especial – composta principalmente por deputados evangélicos e católicos carismáticos – a proposta que retira os casais homoafetivos do conceito de família. O PL iria direto para o Senado, não fosse recurso interposto pela deputada Érika Kokay (PT-DF) e pelo deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), pedindo que a proposta fosse apreciada pelo Plenário da Câmara.

Situação: O recurso espera análise da Mesa Diretora para ser colocado na pauta de votações.

Perspectiva: Desde que se voltou a adotar o poder terminativo das comissões para aprovação projetos, foram apresentados centenas de recursos e poucos foram apreciados. Não faria sentido votar esse texto furando a fila em detrimento dos demais. Mas, se for votado, tende a ser aprovado.

Criminalização da ‘heterofobia’ (PL 7382/2010)

Autor: Deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) Ementa: Penaliza a discriminação de heterossexuais e determina que as medidas e políticas públicas antidiscriminatórias atentem para essa possibilidade.

Resumo: Prevê pena de reclusão de um a três anos por atos de discriminação contra heterossexuais.

Situação: Pronta para pauta na Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM). A deputadaErika Kokay (PT-DF) produziu relatório rejeitando a proposta de criminalizar a heterofobia.

Perspectiva: A proposta deve ser novamente arquivada.

Lei Antiterrorismo (PL 2016/2015)

Autor: Poder Executivo Ementa: Altera a Lei nº 12.850, de 2 de agosto de 2013, e a Lei nº 10.446, de 8 de maio de 2002, para reformular o conceito de organização terrorista.

Resumo: A proposta, de autoria do Executivo, cria o crime de terrorismo no Brasil. Ela está trancando a pauta do Plenário da Câmara (é o quinto item), para onde o projeto retornou após modificação no Senado. Dos 193 países das Nações Unidas, só 18 tipificaram o terrorismo – todos vítimas de algum ataque. A maioria dos países tem instrumentos legais para combater o financiamento das organizações internacionais, mecanismos que o Brasil já tem previstos na Lei de Organizações Criminosas. Noventa entidades da sociedade civil apresentaram manifesto contra a tipificação do terrorismo. O Conselho Nacional de Direitos Humanos aprovou resolução sobre o tema, pedindo que o projeto fosse arquivado. Quatro relatores especiais da ONU também expressaram preocupação quanto ao projeto de lei brasileiro. O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) e os deputados Wadih Damous (PT-RJ) e Paulo Pimenta (PT-RS) têm se manifestado contra a proposta.

Situação: Aguardando parecer. Aprovado na Câmara, já foi modificado pelo Senado e volta à Câmara.

Perspectiva: Da forma como está redigido, pode permitir que manifestações de trabalhadores sejam entendidas como atentado à estabilidade democrática. Os movimentos sociais pressionam o governo para que imponha vetos a artigos com o objetivo de impedir que a definição de terrorismo alcance manifestações populares. A tendência é que seja aprovado como está.

Terceirização (PLC 30/2015)

Autor: Deputado Sandro Mabel (PL-GO)

Ementa: Dispõe sobre os contratos de terceirização e as relações de trabalho deles decorrentes. Permite a terceirização sem restrições. Resumo: A Câmara aprovou a flexibilização da lei trabalhista. O projeto permite a terceirização das atividades-fim, e não apenas limpeza, segurança e outras atividades-meio, como atualmente. O PL seguiu para o Senado. É considerado a maior investida da história contra o legado de Getúlio Vargas.

PT e PCdoB lideraram as principais críticas ao projeto. O projeto é um emendão ao PL 4330/2004.O governo chegou a enviar à Câmara os ministros da Fazenda, Joaquim Levy, das Comunicações, Ricardo Berzoini, e da Aviação Civil, Eliseu Padilha, para evitar o resultado. Partidos de esquerda, como PDT e PSB, que haviam votado a favor do texto base do PL 4330/04, reviram suas posições e se colocaram contrários à liberação total da terceirização.

O PSDB, que garantia ser contrário à terceirização da atividade-fim, acabou por votar a favor e levar à aprovação da proposta. A Força Sindical, que tem à frente Paulinho da Força, ao contrário da posição defendida pelas demais centrais sindicais (CUT, CGT, Nova Central, Conlutas e Intersindical, entre outras), também apoia a terceirização defendida pelo setor empresarial.

Na definição do deputado José Guimarães (PT-CE), “o projeto carrega a digital dos empresários”.

Não convenceu nem mesmo o PMDB, que subscreveu o “emendão” ao lado do relator do PL 4330/04, deputado Arthur Oliveira Maia (SD-BA), do partido do deputado Paulinho da Força, o presidente da honra da Força Sindical, a central pelega que, ao contrário da posição defendida pelas demais (CUT, CGT, Nova Central, Conlutas e Intersindical, entre outras), apoia a terceirização defendida pelo setor empresarial. (com informações da Carta Maior)

Situação: Aprovado na Câmara, aguarda votação no Senado.

Perspectiva: Tendia a ser rejeitado pelo relator, senador Paulo Paim (PT-RS), mas começa a haver sinalização de que o presidente do Senado, Renan Calheiros, não vai dar o tempo necessário para discuti-lo. O Senado deve retirar a atividade-fim e aprová-lo, independentemente do parecer de Paim. O risco é o texto voltar à Câmara, onde há muitos parlamentares eleitos com recursos de empresários que pressionam pela aprovação da matéria.

Privatização das estatais (PLS 555/2015)

Autor: Substitutivo aos projetos de lei do Senado 167/2015, do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), e 343/2015, do senador Aécio Neves (PSDB-MG), e de anteprojeto apresentado por Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Ementa: Dispõe sobre a responsabilidade das sociedades de economia mista e empresas públicas, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e sobre seu estatuto jurídico. Permite a venda e participação do capital privado em empresas estatais como Petrobras, Correios, BNDES e Caixa Econômica.

Resumo: A proposta faz parte da Agenda Brasil, de autoria do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e prevê que empresas públicas podem ter parte de seu capital vendido e se transformarem em sociedades de economia mista.Com o argumento de que o projeto preza pela transparência nas gestões, o texto diz que as “empresas públicas e sociedade de economia mista serão constituídas sob a forma de sociedade anônima”. Caso seja aprovado, estabelecerá um estatuto padrão para todas as empresas públicas, sejam elas municipais, estaduais ou federais. O projeto não leva em consideração o fato de que as gestões e estruturas dessas estatais são distintas.

O projeto prevê, ainda, que o Conselho Administrativo das estatais deve ter 20% de conselheiros “independentes”, sem que fique claro de quem o conselheiro deve ser independente, oferecendo margem a interpretações. O caminho ficaria aberto para, por exemplo, se inserirem nas estatais profissionais das empresas interessadas em operar no setor. (com informações do Sindisan/Sergipe).

Situação: Aguarda apreciação do Senado

Perspectiva: Como parte da Agenda Brasil, proposta pelo próprio Senado, tem altíssima chance de aprovação. Com a neutralidade do governo, apoio do poder econômico para terceirizar e o líder do PSDB, Tasso Jereissati, comandando o processo, é o que conta com maior chance de aprovação da lista de pautas.

 Participação da Petrobras na exploração do pré-sal (PLS 131/2015)

Autor: Senador José Serra (PSDB-SP)

Ementa: Retira a obrigatoriedade da Petrobras como exploradora exclusiva do pré-sal.

Resumo: Depende de deliberação do plenário do Senado proposta que acaba com a obrigatoriedade de que Petrobras atue com participação mínima de 30% nas operações do pré-sal. Durante sessão temática sobre o assunto, em 30/6/2015, José Serra afirmou que o projeto é uma “medida patriótica” e que não acaba com o modelo de partilha, considerando que a Lei do Petróleo (Lei 9.478/1997) já garante os interesses brasileiros quando dá ao Conselho Nacional de Energia Elétrica o poder de alocar para a Petrobras a exploração e a produção em qualquer área de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos.

A proposta já sofreu derrotas no Congresso. Em 8/7/2015, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) apresentou requerimento com a assinatura de 46 dos 81 senadores brasileiros retirando a urgência da votação em Plenário do PLS – Serra queria que o projetofosse votado diretamente no Plenário sem passar por comissão temática do Senado.

Uma comissão especial, no entanto, foi criada. A proposta é defendida pelo ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga (PMDB).

A presidente Dilma, no entanto, defende a Petrobras como operadora única do pré-sal e o respeito à  Lei da Partilha votada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente Lula em 2010, que garante ao Brasil a propriedade das jazidas de petróleo do pré-sal.

Perspectiva: A tendência é que seja aprovado, ainda que possa haver mudança no seu conteúdo para que a condição da Petrobrás, como operadora única, seja facultativa e não mais obrigatória.

Flexibilização do conceito do trabalho escravo (PLS 432/13)

Autor: Romero Jucá (PMDB-RR)

Ementa: Dispõe sobre a expropriação das propriedades rurais e urbanas onde se localizem a exploração de trabalho escravo e dá outras providências.Desconfigura e ameniza o conceito de trabalho escravo.

Resumo: O Plenário do Senado chegou a aprovar regime de urgência para o projeto que regulamenta a emenda constitucional do trabalho escravo. A nova regulamentação é vista como retrocesso pelos órgãos que lutam contra o trabalho escravo, pois inviabiliza a atuação dos fiscais do Ministério Público do Trabalho, no combate ao crime. Mas, após uma audiência pública da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa, a proposta voltou à Comissão de Constituição e Justiça do Senado, para ser debatida de modo mais aprofundado.

Situação: Retirado da pauta do Senado após pressão dos movimentos sociais, passará por todas as comissões do Senado. Perspectiva: Existem várias iniciativas na Câmara e no Senado para modificar o Código Civil e dar conteúdo semelhante ao que a Organização Internacional do Trabalho (OIT) prevê e que tem caráter mais brando do que o que diz a legislação brasileira. O tema tem apelo popular contrário e pode cair, mas depende também da sinalização do governo, que ainda não se manifestou.

 Fim da rotulagem dos transgênicos (PLC 34/15)

Autor: Deputado Luis Carlos Heinze (PP/RS)

Ementa: Altera a Lei nº 11.105, de 24 de março de 2005.O projeto de lei complementar prevê o fim da obrigatoriedade de rotulagem de alimentos transgênicos que não atinjam 1% de transgênicos em sua composição e que a rotulagem seja feita apenas se a presença de transgênicos for comprovada por análise específica.

Resumo: A Câmara aprovou o fim da exigência do símbolo T nos produtos que contêm transgênicos. O autor do PLC é o mesmo que declarou que “quilombolas, índios, gays, lésbicas” são “tudo que não presta”. Na resistência ao projeto, estão parlamentares como o deputado Padre João (PT-MG) e Sarney Filho (PV-MS).

Situação: Projeto foi aprovado na Câmara e tramita no Senado.

Perspectiva: Um parecer técnico sobre o PLC 34/2015 foi apresentado a todos os senadores, em julho de 2015, produzido pelo Instituto Sociambiental (ISA) e apoiado pelas organizações Terra de Direitos, Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e Movimento dos Pequenos Agricultores. O documento destaca consequências negativas da aprovação do PLC pelo Senado Federal. Foi aberta uma enquete para saber a opinião popular sobre o assunto.

Restrição ao atendimento de vítimas de estupro (PL 5069/2013)

Autor: Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ,  Isaias Silvestre (PSB-MG),  João Dado (PDT-SP) e outros.

Ementa: Acrescenta o art. 127-A ao Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal.Tipifica como crime contra a vida o anúncio de meio abortivo e prevê penas específicas para quem induz a gestante à prática de aborto.

Resumo: A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou o projeto de autoria do deputado Eduardo Cunha, que altera regras sobre o tratamento legal dado a casos de aborto. O texto aprovado criminaliza quem instiga ao aborto ou quem presta qualquer auxílio ou até mesmo orientação a mulheres para a interrupção da gravidez. No caso de estupro, o aborto só será permitido com exame de corpo delito. O projeto ainda prevê que “nenhum profissional de saúde ou instituição, em nenhum caso, poderá ser obrigado a aconselhar, receitar ou administrar procedimento ou medicamento que considere abortivo”. O profissional de saúde fica desobrigado a dar as devidas orientações para uma vítima, caso ele ou ela considere que a pílula do dia seguinte é abortiva ou que aborto em caso de estupro não é adequado.

Na resistência, destaque para atuação das deputadas Érika Kokay (PT-DF) e Maria do Rosário (PT-RS).

Situação: A proposta seguiu para apreciação pelo plenário da Câmara. Aguarda inclusão na pauta. Perspectiva: Esse projeto deve perder densidade, caso Eduardo Cunha seja afastado. Não tem apoio político suficiente para, sem ele, ser pautado. Depende de alguém muito conservador, mas a tendência é que não passe pelo colégio de líderes da Câmara.

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Comentários

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Roberto Godinho

CLASSE MÉDIA BUNDA SUJA
A classe média bunda suja existe em toda parte, até mesmo na China comunistas onde, teoricamente, não deveria existir. No mundo globalizado, é o segmento da burguesia que mais vem se destacando. O mineiro a denomina como “classe média metida a besta”. Já os cariocas classificam esta parcela ruidosa da população como “pequena burguesia sem noção”. Com o advento da internet, a classe média bunda suja entrou em evidência pela coragem de expor suas opiniões preconceituosas nas redes sociais. Metaforicamente falando, colocou a bunda suja de fora. No Brasil, os oriundos deste segmento social se transformaram em grandes formadores(ou deformadores) de opinião. São verdadeiros guerreiros na defesa dos seus direitos e privilégios. A juventude “coxinha” é a vanguarda e o braço “armado” desta classe social. Defendem com unhas e dentes o “Estado de (seu) Direito”, apesar de alardear que bandido bom é bandido morto. Arnaldo Jabor, Diogo Mainard, Raquel Sheherazade, entre outros gurus, são verdadeiros porta vozes deste povo. E a combativa revista VEJA, é sua referência em matéria de fonte de “pesquisa”. Para você carioca saber se enquadra como um autêntico cidadão classe média bunda suja, precisa:
Achar que tijucano não é morador da zona norte;
Não se achar suburbano por morar no Méier;
Considerar o La Mole restaurante de luxo;
Não ligar para o patrimônio histórico do seu país, mas quando viajar para Europa pela CVC, em doze vezes no cartão, não deixar de visitar museus;
Ser um leitor assíduo da revista Veja;
Falar mal da escola pública e manter seu filho matriculado em colégio particular, mesmo que seja uma verdadeira fábrica de diploma;
Insistir em chamar o Bolsa família de Bolsa esmola, porém não deixar de ir à igreja, e nem de orar pelos pobres;
Atacar o regime de cotas das universidades públicas, sempre afirmando que é injusto e antidemocrático;
Reclamar dos engarrafamentos, mas jamais trocar o seu carro pelo transporte público;
* Lembre-se que o carro é o maior símbolo de Status da classe média bunda suja.
Reclamar da mensalidade do plano de saúde, porém nunca sair em defesa da saúde pública;
Afirmar que os médicos cubanos, que prestam assistência médica à população carente, são escravos. Mas sempre pagar o salario mínimo, ou menos, para sua empregada e lutar para derrubar o projeto de lei que obriga o patrão recolher o FGTS de doméstica;
Chamar o povão de ignorante, de burro, de pobre coitado que troca o voto por prato de comida e bolsa família, mas continuar fazendo campanha para políticos corruptos em troca da verdadeira “boquinha”;
Julgar as pessoas sempre pela sua aparência, principalmente as que vivem “perambulando” pelos shoppings e aeroportos.
Afinal quem é da classe média bunda suja nunca deve esquecer que só é pobre de espírito.
Robertogodinho

Fúlvio Costa

Que tristeza esse cenário, querido Azenha, que tristeza, nossa senhora. Quer saber? Está batendo muita vontade de ir embora daqui.

    Urbano

    “Verás que um filho teu não foge à luta…” Força companheiro, pois pela sua indignação diante do que os bandidos da oposição ao Brasil estão fazendo, a nossa Pátria precisa muito de você.

Andre

Fazendo as contas aqui: o projeto da lei que define terrorismo (ou seja antimovimentos sociais) é de autoria do governo; o governo esta ‘neutro’ em relação ao projeto de privatização das estatais e o ministro da minas e energia(que é governo, não?) é favor da modificação na partilha do pré-sal. Como o governo quer aprovar a CPMF e a Reforma contra a Previdencia a qualquer custo, dado o histórico da ‘governabilidade’ nos governos do PT eu não duvido nada que muitas das outras leis aqui citadas acabem sendo aprovadas com um acordo (negocita) da base governista com os defendosores da referida lei em nome da ‘salvação nacional’ em troca da aprovação da CPMF e reforma contra a previdencia.

Em resumo, todos são oposição aos trabalhadores. Não falta governo no país, falta oposição de esquerda.

Urbano

Quem dá o tom agora são os bandidos mais escroques da oposição ao Brasil. E o pior é que a máfia é muito forte, pois contam com quatro poderes, enquanto a República do Brasil possui apenas três e assim mesmo acanhada, amedrontada; sei lá…

mineiro

tem que ser muito safado o pobre e o trabalhador que votar em bancada da bala , bilblia , boi e eu acrescento mais uma a da bola, 4 bs. entao gente nao tem outra saida , se nao quisermos ser engolidos pelos facistas da direita elitizada, pelo capital financeiro, nao tem outra saida, é entrar na guerra e contra esse desgoverno que é da direita e o povo vai ter que confronta-lo. esse governo desgraçado traidor , mercernario , entreguistas que usou a todos nos trabalhadores e movimentos sociais de vergonha na cara, pode esquecer , esse desgoverno é da direita facista a serviço do capital financeiro. e nao adianta os movimentos sociais que ainda tem vergonha na cara se iludir com esse desgoverno desse fantoche da direita nao , porque dessa mulher nao sai mais nada. a cada dia que passa os nossos direitos conquistados as duras penas esta indo para o ralo. e com a conivencia siiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiimmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm desses desgoverno desse fantoche traidor , o pt traidorrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr e do lula traidorrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr tambem , ta na hora de dar nomes aos bois e ver quem é quem nesse balaio de gato. se nao agir rapido vai acabar com todos os direitos conquistados e essa traidora maldita é a principal culpada sim. vao ter que resolver , enquanto fica esperando desse desgoverno , ele esta nos ferrando nas costas.

FrancoAtirador

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A Pauta-Bomba-Atômica de Cunha-Serra-Renan
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põe em Risco de Morte a Humanidade Inteira.
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