São Paulo livre da novela

Tempo de leitura: 2 min
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Por Marco Aurélio Mello

por Marco Aurélio Mello

Fui advertido: a arte não é refúgio, é saída, ou melhor, porta de entrada.

Tive de concordar.

Quanta gente não está fazendo arte e a gente não faz ideia?

Recebi uma hóspede em casa dia desses que é cantora.

Tem agenda no Sul do país desde 2014, quando participou de um programa de novos talentos na TV.

Não fazia ideia de quem era, porque despontou graças a meios convencionais de divulgação, que não acesso mais.

Enquanto isso, dezenas, centenas de novos talentos estão por aí batalhando.

Muitos com carreira sólida, salário e tudo.

A grande maioria fora dos meios convencionais que, se por um lado empregam e fomentam a arte, por outro, perverso, concentram, distorcem e exploram os artistas.

A indústria cultural brasileira é um exemplo acabado disso.

Antigamente dizia-se: se você não está na Globo você não existe.

Hoje não é mais assim, felizmente.

Tem arte de rua, tem sarau, tem batalha de rap, islans (campeonatos de poesia falada)…

E uma moçada que se financia sozinha pela internet.

E que felizmente já tirou a TV da vida.

Mas estes coletivos e a chamada arte periférica, são só um lado.

Há outro ainda, imenso, que a gente não faz ideia.

Só na cidade de São Paulo são 180 teatros e mais de 100 centros culturais.

Museus também são mais de 100!

Boa parte desta programação tem preços populares (de cinco a dez reias), isto quando não é de graça, em pelo menos um dia na semana.

Significa dizer que é possível fazer ao menos um passeio diferente por dia durante os 365 dias do ano e ainda sobra programa!

A cultura é uma das indústrias mais importantes de mundo.

Dá trabalho, renda, movimenta a economia.

E transformou a capital paulista num dos mais importantes polos turísticos do planeta.

Em determinadas épocas do ano aqui falta hotel, falta táxi, falta infra-estrutura…

No mundo dos negócios não é diferente: são centros de convenções, festivais, feiras, exposições…

O comércio já se consagrou: a rua 25 de Março, por exemplo, a partir de Novembro ficará lotada todos os dias de segunda a sábado.

Coragem, não tenha medo!

Desligue a TV, saia, passeie, ocupe a cidade.

A violência é um dado estatístico “superfaturado” numa metrópole como a nossa.

Não caia nessa.

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Marco Aurélio Mello

Jornalista, radialista e escritor.


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Comentários

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geraldo

Progama de tv,e uma coisa que nao faz falta nenhuma.

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